terça-feira, 23 de abril de 2013

Equipamentos terão certificação

Treinamento de funcionários com uso de cinto e talabarte: segurança do trabalhador (foto: Valquir Aureliano)
A partir de janeiro de 2014, os trabalhadores que desempenham atividades em altura, como os da construção civil, da indústria de telecomunicação, elétrica, hidroelétrica, de manutenção predial e serviços terão mais uma norma em favor da segurança e integridade pessoal. De acordo com as novas normas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) terão de sair da fábrica com um selo de certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), atestando que o processo fabril da peça seguiu as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e, assim, garantem a segurança do trabalhador.
O processo de certificação das empresas que atuam na produção de EPIs já está em andamento, mas até agora apenas uma empresa brasileira, a Altiseg, obteve a certificação do Inmetro e para apenas dois produtos — cintos e talabarte (cinto de couro com ganchos que travam a queda do trabalhador em altura. “Com base no alpinismo e em normas nacionais e internacionais desenvolvemos técnicas, equipamentos e treinamentos especiais que possibilitam um trabalho seguro e eficiente em ambientes elevados e de difícil acesso”, explica a diretora da Altiseg, Patrícia dos Santos.
A certificação segue a portaria INMETRO nº 388/2012, publicada em 24/07/2012, que se refere à avaliação da conformidade para os componentes dos equipamentos de proteção individual (EPI) para proteção contra quedas com diferença de nível – Cinturão de Segurança, Dispositivo Trava-queda e Talabarte de segurança.


Criada em 1987 para realizar cursos de treinamento para os funcionários da Companhia Telefônica do Paraná (Telepar), a Altiseg, com sede em Curitiba, se especializou no desenvolvimento de soluções de proteção para o trabalho em altura. “Nós temos uma linha, chamada de Máxima, de produtos que estão em processo de certificação junto ao Inmetro”, afirma Patrícia.
O grupo trabalha para atender as necessidades de segurança do trabalhador em altura de qualquer área. De acordo com a diretora, a embora a empresa já tenha uma linha pronta, se houver a necessidade desenvolve produtos específicos. O prazo oscila de 5 a 12 meses e o custo é de acordo com a solução solicitada. “Mas gira em torno de R$ 70 mil cada produto”, esclarece.


A Altiseg nasceu com três funcionários, de acordo com Patrícia. Atualmente emprega 120 funcionários. “Mas podemos chegar a 200 dependendo das necessidades da empresa que solicite uma nova solução para o trabalho em altura”, conta. Os primeiros equipamentos, Patricia conta que nasceram da necessidade. Ela lembra que os trabalhadores ficavam mais soltos nas torres da Telepar que presos, e, durante a movimentação de subida e descida, eles ficavam livres.
O agravante era subir nas torres estaiadas, que não tinham escada, somente a estrutura de treliça. “Foi utilizando alguns equipamentos de montanhismo em uma das torres da Telepar que a empresas demonstrou as técnicas de alpinismo que podiam dar mais segurança ao trabalho em locais elevados”, conta. Pesquisando equipamentos que pudessem dar mais segurança, nasceram os produtos da Altiseg, onde foi criado o cinto tipo paraquedista chamado Classic em conjunto com o talabarte duplo de segurança.
O número de acidentes de trabalho em altura representa 40% do total registrado no Brasil, de acordo com o engenheiro José Manoel Teixeira, representante da Fundação Nacional dos Engenheiros (FNE) no grupo tripartite que elaborou as normas de regulamentação do trabalho em altura, em vigor desde abril do ano passado.

Fonte (texto e foto): Site Bem Paraná

http://www.bemparana.com.br/noticia/255118/equipamentos-terao-certificacao

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